"ESCRACHOS QUE VÃO LONGE DEMAIS?"


Eu tomei a postura de não condenar a priori o militante de esquerda S., acusado de cometer atos de violência machista contra a ex-companheira, também militante de esquerda, embora pertencente a outra organização. Não totalmente segura da minha posição, me consultei com importantes figuras feministas independentes, em quem confio e respeito pela militância, para refletir sobre a minha postura no caso.

Assim foi com a Lola, mulher esta responsável por me introduzir ao feminismo, apesar de eu ser filiada a um partido de esquerda desde os 17 anos. Mesmo no movimento estudantil e na luta pelo socialismo, temos que concordar que lá pelo início dos anos 2000 era mais comum se tornar militante pela questão política do que pelo debate de opressões. No meu caso foi assim.

Depois de muito tempo sem dar atenção ao debate de mulheres, comecei a ler o blog da Lola (isso tem muitos anos, mas não sei precisar quando foi) e me pareceu claro que eu já era feminista e não sabia. Eu a respeito por sua luta e coragem. E ela é mesmo a pessoa mais indicada para me fazer pensar sobre a minha postura nesse caso.

Casos de escracho dentro da esquerda e dos movimentos sociais tem aparecido com muita frequência no último período. Além das acusações de machismo praticado por homens da esquerda contra mulheres, surgem também casos de mulheres assediadas por outras, além de denúncias de feministas negras que acusam publicamente feministas brancas de racismo. Como proceder diante disso?

A reflexão que Lola compartilhou comigo foi basicamente a mesma que ela divulgou no blog. Essa reflexão me ajudou muito, assim como tenho certeza que seu texto ajudará muita gente que está passando pela mesma situação.

Leiam o post de Lola na íntegra: http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2015/11/escrachos-que-vao-longe-demais.html


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