primeiro desabafo

Há praticamente um século venho mantendo blogues pessoais na web. A correria de trabalhar e estudar deixaram a coisa toda esfriar e finalmente morrer. A falta de tempo me deixou amarrada aos 140 caracteres do Twitter durante um bom tempo, e agora fico até em dúvida se terei fôlego suficiente para encher estas linhas.

A minha sorte é que a variedade de temas a serem abordados é enorme. Eu poderia dizer que tenho experimentado coisas novas e surpreendentes. E não estou falando só de minha gravidez, não. Falo de descobrir, vivenciar e viver coisas que me satisfazem e preenchem. Falo de não insistir no que não me traz retorno benéfico, de esquecer da mania doentia de me encher de úlceras. Tenho me conhecido como não havia feito em 23 anos.

Não que as descobertas sejam todas agradáveis (a maioria não é, acredite), mas acho que estou perto mais perto de meu ponto orgástico. Quero me dedicar às coisas que realmente me alegram. A obrigação de adquirir conhecimento inútil e me tornar o caderno de cultura foi para o espaço. A lucidez de absorver toda a realidade e regurgitar equações malucas de soluções para os problemas do mundo também já não está aqui. A acumulação de conteúdo vem por consequência, não me preocupo. Eu quero é viver no emaranhado fantástico que  me faz viva.