Um fechamento pro que nem tava aberto
Mais um post no estilo terapia. É que eu precisava desabafar o quanto te desejo, já que para você eu não poderia admitir. Não com meu histórico. Não com sua falta de histórico.
Suspeito ter uma inclinação por me apaixonar quando não há reciprocidade. Já fiz isso uma outra vez (que durou 17 anos), temo que se torne um padrão. E embora eu não te ame ainda, claro, parece que toda minha energia libidinosa resolveu te seguir como a um ímã. "Intenso", você classificou enquanto se despedia com um beijo. Isso poderia facilmente virar um drama de amar sem ser amada.
Gentil, bonitinho-irmão-de-feinho, enrolão e cronicamente indisponível. Adoro. Como boa viciada em catexia, alimento inconscientemente essa paixonite gratuita. Crio narrativas para justificar sua falta de tempo de estar comigo e romantizo seus tiques e manias que, mesmo com tão pouco tempo de convívio, saltam aos olhos. Você bebe um tanto demais, sua conversa é meio embolada, seu sorriso, desconcertado, e você transita entre a timidez genuína e uma reserva calculada para não estreitar laços.
Um deslize leve no cálculo e você me diz "todo teu" em um momento íntimo. Imagina dizer com esse desprendimento que seu pau é todo da parceira e logo depois sumir por quinze dias. Não era meu, e onde está? Hahaha. Você precisa melhorar seu vocabulário de foda.
Será que um dia você amadurece? Deixa pra lá. Não vou me render ao impulso de te procurar novamente, ainda que me derreta lembrando do jeito que olha meu rosto quando está por cima de mim. Esse affair bagunçado e intermitente que já dura mais de ano não cabe nos meus planos. Mas tenho a fantasia de que um dia você vai visitar esse blog, ler esse texto e que isso será enfim o fechamento para esta coisa que nem aberta estava, já que de tão líquida mal existia e evaporou.
Como disse uma vez uma sábia amiga, "não achei minha priquita no lixo". Adeusinho.
Perfeita como sempre...
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