Espelho de Ojesed particular
Pensando em como o fantástico anda mais distante de minha vida. Sempre fui dependente de fantasia. Literatura, filmes, jogos, séries... Uma imersão danada. Mas parece que as responsabilidades e agruras da vida, além dessa conjuntura cruel, me tiraram um pouco desse prazer.
Uma vez, um cara muito sábio e com uma longa barba branca disse ao Harry Potter que "não adianta viver sonhando e esquecer de viver". Um alerta dolorosamente realista no meio de um livro de fantasia! Li isso novinha e de imediato me impactei. Desde então, essa frase me inspira. E me atormenta.
Quando meto a cara num livro e esqueço do que está ao meu redor, eu meio que escuto Dumbledore sussurrando a frase baixinho pra mim. É como se ele já soubesse do poder daquele universo e ainda no primeiro livro tivesse nos chamado a atenção: não se perca aqui dentro quando ainda há um mundo lá fora.
Em situações de lucidez extrema, olho para mim de fora do meu corpo enquanto consumo ficção e me vejo deitada, estática - é deprimente. Muita coisa acontecendo em minha mente, mas meu corpo não acompanha. Tenho a repetida sensação de que estou emulando minha vida.
Talvez eu seja uma das que me perderia profunda e para sempre no Espelho de Ojesed. Ou talvez não, pois agora tenho uma força extraordinária que me obriga a voltar para a realidade: meu filho, o Leon. Sei que isso não é bem um sacrifício como o de Lilian Potter, mas é o que temos pra hoje.
Uma vez, um cara muito sábio e com uma longa barba branca disse ao Harry Potter que "não adianta viver sonhando e esquecer de viver". Um alerta dolorosamente realista no meio de um livro de fantasia! Li isso novinha e de imediato me impactei. Desde então, essa frase me inspira. E me atormenta.
Quando meto a cara num livro e esqueço do que está ao meu redor, eu meio que escuto Dumbledore sussurrando a frase baixinho pra mim. É como se ele já soubesse do poder daquele universo e ainda no primeiro livro tivesse nos chamado a atenção: não se perca aqui dentro quando ainda há um mundo lá fora.
Em situações de lucidez extrema, olho para mim de fora do meu corpo enquanto consumo ficção e me vejo deitada, estática - é deprimente. Muita coisa acontecendo em minha mente, mas meu corpo não acompanha. Tenho a repetida sensação de que estou emulando minha vida.
Talvez eu seja uma das que me perderia profunda e para sempre no Espelho de Ojesed. Ou talvez não, pois agora tenho uma força extraordinária que me obriga a voltar para a realidade: meu filho, o Leon. Sei que isso não é bem um sacrifício como o de Lilian Potter, mas é o que temos pra hoje.
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